
Quando o objetivo é tentar engravidar, não há dúvidas de que fazer sexo é o melhor remédio, mas e depois? Como ficam as relações sexuais durante a gravidez?
Mesmo após constatada uma gravidez saudável e serem informados que fazer sexo é seguro, muitos casais ainda persistem com dúvidas sobre o assunto.
Confira mitos e verdades sobre esse tema:
1. A libido da mulher costuma oscilar durante toda a gravidez?
Verdade. A presença de sintomas como náusea, vômito, sonolência e o receio de aborto no início da gravidez, em geral, causam diminuição da libido nas mulheres nesta fase. Com a melhora desses sintomas e ainda sem os incômodos gerados pelo peso da barriga, o segundo trimestre (entre 14 e 28 semanas) é marcado geralmente pelo aumento da libido e por ser o período mais propício para as relações sexuais. Além dessas alterações causadas pelos sintomas próprios da gravidez, as diversas mudanças hormonais e na forma do corpo fazem com que a auto-estima da gestante possa aumentar ou diminuir, contribuindo ainda mais para as oscilações no desejo sexual.
2. O desejo sexual do homem costuma mudar durante a gravidez?
Verdade. Alguns homens com a tranquilidade de não ter o risco engravidar, assim como pelas mudanças positivas nas curvas no corpo da mulher, podem fazer com que ocorra um aumento na libido deles. Por outro lado, o medo de machucar o bebê e o constrangimento pela presença do futuro filho no ato podem surtir o efeito contrário.
3. A relação sexual pode machucar o bebê?
Mito. O bebê durante a gavidez está muito bem protegido pelo útero e pelas membranas que o mantém isolado do meio externo, mesmo em relações mais intensas. Durante a relação, o pênis permanece o tempo todo na vagina sem conseguir ultrapassar o colo do útero impedindo que de forma alguma ele atinja o bebê. Quem pode se machucar durante a relação é a mulher e isso não costuma afetar em nada o bebê. Com o passar do tempo, o casal deve procurar posições mais confortáveis, respeitando os limites impostos pela gravidez e garantindo relações prazerosas para ambos.
4. O sexo pode causar contrações?
Verdade. O orgasmo e o sêmen realmente tem a propriedade de gerar contrações uterinas, porém diferentes daquelas observadas durante o parto. Esse fato pode fazer com que algumas grávidas sintam algum grau de desconforto logo após atingirem o orgasmo. Em geral, essas contrações são indolores, sem ritmo e não tem o poder de desencadear o trabalho de parto.
5. O bebê pode perceber a relação sexual?
Mito. Para muitos casais a possível percepção do bebê do momento de intimidade é motivo de problema e as vezes até de abstinência sexual. O orgasmo assim como os movimentos realizados durante a relação são sentidos pelo bebê da mesma forma que em qualquer atividade física realizada pela mãe. Dessa maneira, supõe-se que o bebê não consegue diferenciar uma atividade da outra.
Em pacientes com gestações normais a prática de sexo é segura e fundamental para manter o bom relacionamento do casal. Compartilhe as suas necessidades e preocupações com seu parceiro de forma aberta. O sexo na gravidez não deve ser um problema, caso seja, aborde o tema durante o pré-natal de preferência na presença do seu parceiro.