Estreptococo B

O estreptococo do grupo B, também conhecido como strepto, é uma bactéria que geralmente é encontrada no sistema digestivo e vagina. Em adultos saudáveis ela não costuma causar nenhum tipo de sinal ou sintoma, mas nas gestantes e bebês ela pode causar doenças muito graves.

Estima-se que 3 a 4 gestantes em cada 10 tenham esta bactéria. As mulheres grávidas portadoras do estreptococo podem transmitir essas bactérias para seus recém-nascidos e alguns desses bebês podem desenvolver nos primeiros dias de vida infecções graves como pneumonia, septicemia e meningite. Como não existe maneira de evitar a colonização, a estratégia criada no mundo inteiro para prevenir estas complicações é a de se identificar quem são as gestantes que tem esta bactéria e tratá-las com antibiótico (Penicilina/Ampicilina) no trabalho de parto (ideal com 4 horas ou mais antes do parto). Para isto é feita a pesquisa laboratorial com a aplicação de um cotonete na entrada da vagina e do ânus entre 35 e 37 semanas de gestação.

Este exame não é feito antes deste período nem tratado antes do parto, pois a bactéria pode voltar até o parto. Nos partos prematuros, em que não houve tempo para coleta, fazemos o tratamento considerando positivo. Nos casos de cesárea eletiva, mesmo aos 9 meses, o obstetra pode optar por não tratar.

Para finalizar, o resultado positivo não deve ser motivo de desespero. O tratamento com o antibiótico no trabalho de parto é extremamente eficaz. Deve ficar claro que o exame positivo também não é motivo para não se tentar o parto normal.

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